A presidente
Dilma Rousseff vetou pela segunda vez um projeto de lei que permite a criação
de municípios no país. A mensagem encaminhada
nesta terça-feira ao residente do Congresso, Renan Calheiros
(PMDB-AL), traz uma justificativa atribuída ao Ministério da Fazenda:
"Depreende-se que haverá aumento de despesas com as novas estruturas
municipais sem que haja a correspondente geração de novas
receitas". O veto é integral.
Outro trecho do texto menciona o risco de desequilíbrio financeiro dos Estados: "Mantidos os atuais critérios de repartição do Fundo de Participação dos Municípios - FPM, o desmembramento de um município causa desequilíbrio de recursos dentro do seu Estado, acarretando dificuldades financeiras não gerenciáveis para os Municípios já existentes".
Outro trecho do texto menciona o risco de desequilíbrio financeiro dos Estados: "Mantidos os atuais critérios de repartição do Fundo de Participação dos Municípios - FPM, o desmembramento de um município causa desequilíbrio de recursos dentro do seu Estado, acarretando dificuldades financeiras não gerenciáveis para os Municípios já existentes".
O texto barrado por Dilma autorizava as
Assembleias Legislativas dos Estados a criarem municípios, mas exigia que
as novas cidades tivessem viabilidade financeira comprovada e estabelecia
critérios mínimos de população: ao menos 6.000 habitantes no Norte e
no Centro-Oeste, 12.000 no Nordeste e 20.000 no Sul e Sudeste.
No ano passado, havia vetado uma proposta semelhante aprovada
pelos parlamentares - e usou argumentos parecidos. Foi exatamente por isso
que o Congresso, em contato com o Planalto, elaborou a nova proposta, com
exigências mais elevadas para a emancipação. O primeiro veto de
Dilma nem mesmo foi apreciado pelo Congresso Nacional, e isso dificilmente
acontecerá antes das eleições.