Não
é de hoje que a “boataria” penalvense assombra governistas de plantão. Os
boatos de hoje são, na forma e na cor, iguais aos boatos dos tempos áureos da
Sebaria e da Embroma, na tentativa de fazer de uma mentira repetida cem vezes,
uma verdade genuína.
A
tentativa de desqualificar tal mentira, recheando-a de futuras ações benéficas
advindas do chefe do executivo, é também baseada na infalível receita do
passado. Assim como o sebo acusara a embroma de tirar a gasolina do avião para
que o deputado Ivá Saldanha morresse, os oposicionistas acusaram Zeca Gama de
ser uma candidata figurativa, sem pulso, que entregaria a prefeitura nas mãos
de terceiros, que surrupiariam a prefeitura de Penalva. Zeca Gama respondeu à
altura e prometeu uma fábrica de “bloquetes” que geraria emprego e renda à
população.
O
resultado disso tudo foi previsível graças às lições de outrora, nunca
aprendidas, diga-se de passagem. A história do deputado Ivá Saldanha foi, de
fato, “uma mentira que o Sebo inventou”, João Faveira ganhou as eleições, mas
não protagonizou a tal “boa administração” para Ivá Saldanha ver, tão alardeada
pela embroma como resposta à mentira do sebo. Décadas depois, Zeca Gama
governava Penalva de fato e de direito, diferentemente do que espalhara o boato
oposicionista. A resposta ao boato da oposição também não se deu e a tal
fábrica prometida jamais existiu em Penalva.
Edmilson
Viegas elegeu-se em meio a uma onda de boatos que o colocavam como um pagão e
racista, que sacrificava criancinhas e odiava negros; rebateu
os velhos boatos com as promessas de um choque de gestão, revolução na
cambaleante educação penalvense e uma administração que faria o seu nome maior
que o de José Gonçalves. O resultado, igualmente previsível, é uma
administração marcada por denúncias de irregularidades, queda no IDEB e uma
rejeição elevada.
Não
existe politico em Penalva sem defeito que a oposição não bote vários. Os aspirantes
ao cargo de prefeito sabem muito bem disso. Professor Amarildo, Mesaque Veloso,
Ronildo Campos, Marinaldo e tantos outros que se intitulam pré-candidatos,
serão as próximas vítimas da fábrica de boatos da política penalvense.
Mas,
quem quer que seja o prefeito, deve evitar uma resposta mirabolante que sabe
que não fará, bem como o “mal de tiririca” (já que não prometi nada, o que eu
fizer será lucro), a ilusão é uma pusilanimidade que precisa ser evitada E já é
arcaico o argumento de que o penalvense adora ouvir falsas promessas na
campanha. Penalva precisa de uma administração à altura da bravura do seu povo.
O
próximo pleito municipal testará o amadurecimento da população. Hoje Penalva
possui uma quantidade razoável de pessoas com Nível Superior e cansada das
enganações de quem promete redimir nosso município. É preciso, todavia, deixar
de reclamar da escuridão e acender uma luz; abandonar a síndrome do cavalo
Sansão, de Owen; é preciso ser preciso sem ser irresponsável. Penalva precisa
dos penalvenses, caso contrário, estaremos sempre a nos queixar da sorte que
temos e servir de escada para os eternos usurpadores do poder.
por Nilsomar Morais. Graduado
em História pela FACITEL