A lua vai se esvaindo
Dançando por sobre o mar
E nas águas prateadas
Põe-se um rosto a desenhar
E numa perfeita miragem
Lua e mar formam a imagem
Do rostinho de Sinhá
Não sei se sonho ou deliro
Se me ofusca tal lampejo
Loucura minha ou acaso
Ilusão minha ou desejo?
É minha Sinhá amada
Sob a água desenhada
Não vá embora oh! Lua
Permitas que seja assim
Tal beleza, tal semblante
Olhando e rindo pra mim
E se há favor em mim merecido
Atende este meu pedido
Oh temido mar sem fim
Vejo e toco a fria água
E a imagem se desfaz
Não Sinhá, não vá embora
Se demore um pouco mais
Fique que o mar sabe bem
E a lua, do amor também
Não te sejas tão fugaz
Perdendo foi-se na areia
E a lua foi se encontrar
Com as já tranquilas águas
Deu um abraço no mar
E num mergulho insano
Joguei-me no oceano
E assim abracei Sinhá.
Por: Nilsomar Morais