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quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

SINHÁ SOB A LUZ DA LUA









A lua vai se esvaindo
Dançando por sobre o mar
E nas águas prateadas
Põe-se um rosto a desenhar
E numa perfeita miragem
Lua e mar formam a imagem
Do rostinho de Sinhá

Não sei se sonho ou deliro
Se me ofusca tal lampejo
Loucura minha ou acaso
Ilusão minha ou desejo?
É minha Sinhá amada
Sob a água desenhada
É ela; eu sinto; eu vejo

Não vá embora oh! Lua
Permitas que seja assim
Tal beleza, tal semblante
Olhando e rindo pra mim
E se há favor em mim merecido
Atende este meu pedido
Oh temido mar sem fim

Vejo e toco a fria água
E a imagem se desfaz
Não Sinhá, não vá embora
Se demore um pouco mais
Fique que o mar sabe bem
E a lua, do amor também
Não te sejas tão fugaz

Perdendo foi-se na areia
E a lua foi se encontrar
Com as já tranquilas águas
Deu um abraço no mar
E num mergulho insano
Joguei-me no oceano
E assim abracei Sinhá.



Por: Nilsomar Morais 

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

DOCE SINHÁ











És tu anjo meu, flor singela
Doce e encantad
a menina
Aprende com a lua ser bela
Ao mar, porém, já ensina  
Nao a beleza profana
Comum, pequena e mundana
Mas a beleza divina  
 
Menina deusa, tu és      
Um poema a lá Camões
Um Picasso em seus revés    
Um luar pelos sertões          
Linda em gesto e olhar      
Oh! Lindo anjo Sinhá    
Invejam-te as multidões  


Quis Eros assim completa  
Pra ser você e Amor um só      
Inspiração vil dum poeta    
Essência do amor maior    
Tão linda quanto a alegria  
Quem vem duma melodia  
De um concerto à Belchior.



Autor: Nilsomar Morais
               

sábado, 20 de fevereiro de 2016

INSPIRANDO-SE EM BOCAGE





Semelhante a Bocage em sorte e verso
Em amor, desamor, paixão amiúde.
E, se em talento, imitar não pude
Me não tortura o destino adverso

Que todo mal de amor a que tive acesso
Se transformasse em dom, poesia ou virtude
Seria esta, a mais delirante beatitude
E o que abunda em dor, em amor seria excesso

Ah! Se te imito, Bocage, em infortúnio e desalento
Não vai meu dom perto de ti um só momento
Imito, porém, somente em parte

Invejo-te em teu descomunal talento
Poetize. É teu dom meu alento

Poetizo-te falta-me, porém, tamanha arte.

domingo, 25 de outubro de 2015

A PERSISTÊNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA SOCIEDADE BRASILEIRA

A violência contra a mulher atravessou os séculos e manchou de vergonha a alma humana.  O próprio Adão tentou incriminá-la perante Deus, acusando-a de lhe dar o fruto proibido, dando as primeiras amostras de como poderiam ser tratadas as Evas do porvir.


Da ideia arcaica de ser inferior, restrita às funções exclusivamente reprodutoras e prisioneira do próprio lar, às restrições machistas que o homem da atualidade ainda lhe impõe, a mulher sofreu com a subserviência ideológica que lhe fora imposta.

As conquistas são frutos do potencial feminino, fazendo saber a todos o tamanho da sua capacidade e ousadia. A mulher ainda sofre, e muito, com a violência, e a continuação de tal assombro é a lei, muitas vezes, branda associada ao medo por parte de muitas mulheres em denunciar o agressor; os números da violência são bem mais do que retórica matemática a escancarar uma triste realidade estampada na face da sociedade brasileira, números que não refletem na íntegra, em virtude dos inúmeros casos que não vêm à tona, impedidos pela ameaça, desencadeando uma nova violência.

As denúncias têm ajudado a colocar agressores na cadeia, mas a violência doméstica continua em alta, e a persistência dela é um contraste à fama de país pacifista. Paralelo ao grito de liberdade da autônoma, há as lágrimas silenciosas da mulher brasileira oprimida, em choro tão piedoso e dolorido, quanto um tapa estridente desferido violentamente no rosto da “mulher-pátria” que nos pariu.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

AS MENTIRAS DA OPOSIÇÃO, OS ENGANOS DA SITUAÇÃO E A CHANCE DE MORALIZAR A POLÍTICA PENALVENSE Por Nilsomar Morais



Não é de hoje que a “boataria” penalvense assombra governistas de plantão. Os boatos de hoje são, na forma e na cor, iguais aos boatos dos tempos áureos da Sebaria e da Embroma, na tentativa de fazer de uma mentira repetida cem vezes, uma verdade genuína.

A tentativa de desqualificar tal mentira, recheando-a de futuras ações benéficas advindas do chefe do executivo, é também baseada na infalível receita do passado. Assim como o sebo acusara a embroma de tirar a gasolina do avião para que o deputado Ivá Saldanha morresse, os oposicionistas acusaram Zeca Gama de ser uma candidata figurativa, sem pulso, que entregaria a prefeitura nas mãos de terceiros, que surrupiariam a prefeitura de Penalva. Zeca Gama respondeu à altura e prometeu uma fábrica de “bloquetes” que geraria emprego e renda à população.

O resultado disso tudo foi previsível graças às lições de outrora, nunca aprendidas, diga-se de passagem. A história do deputado Ivá Saldanha foi, de fato, “uma mentira que o Sebo inventou”, João Faveira ganhou as eleições, mas não protagonizou a tal “boa administração” para Ivá Saldanha ver, tão alardeada pela embroma como resposta à mentira do sebo. Décadas depois, Zeca Gama governava Penalva de fato e de direito, diferentemente do que espalhara o boato oposicionista. A resposta ao boato da oposição também não se deu e a tal fábrica prometida jamais existiu em Penalva.

Edmilson Viegas elegeu-se em meio a uma onda de boatos que o colocavam como um pagão e racista, que sacrificava criancinhas e odiava negros; rebateu os velhos boatos com as promessas de um choque de gestão, revolução na cambaleante educação penalvense e uma administração que faria o seu nome maior que o de José Gonçalves. O resultado, igualmente previsível, é uma administração marcada por denúncias de irregularidades, queda no IDEB e uma rejeição elevada.

Não existe politico em Penalva sem defeito que a oposição não bote vários. Os aspirantes ao cargo de prefeito sabem muito bem disso. Professor Amarildo, Mesaque Veloso, Ronildo Campos, Marinaldo e tantos outros que se intitulam pré-candidatos, serão as próximas vítimas da fábrica de boatos da política penalvense. 

Mas, quem quer que seja o prefeito, deve evitar uma resposta mirabolante que sabe que não fará, bem como o “mal de tiririca” (já que não prometi nada, o que eu fizer será lucro), a ilusão é uma pusilanimidade que precisa ser evitada E já é arcaico o argumento de que o penalvense adora ouvir falsas promessas na campanha. Penalva precisa de uma administração à altura da bravura do seu povo. 

O próximo pleito municipal testará o amadurecimento da população. Hoje Penalva possui uma quantidade razoável de pessoas com Nível Superior e cansada das enganações de quem promete redimir nosso município. É preciso, todavia, deixar de reclamar da escuridão e acender uma luz; abandonar a síndrome do cavalo Sansão, de Owen; é preciso ser preciso sem ser irresponsável. Penalva precisa dos penalvenses, caso contrário, estaremos sempre a nos queixar da sorte que temos e servir de escada para os eternos usurpadores do poder.

                                

                              por Nilsomar Morais. Graduado em História pela FACITEL