domingo, 25 de outubro de 2015

A PERSISTÊNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA SOCIEDADE BRASILEIRA

A violência contra a mulher atravessou os séculos e manchou de vergonha a alma humana.  O próprio Adão tentou incriminá-la perante Deus, acusando-a de lhe dar o fruto proibido, dando as primeiras amostras de como poderiam ser tratadas as Evas do porvir.


Da ideia arcaica de ser inferior, restrita às funções exclusivamente reprodutoras e prisioneira do próprio lar, às restrições machistas que o homem da atualidade ainda lhe impõe, a mulher sofreu com a subserviência ideológica que lhe fora imposta.

As conquistas são frutos do potencial feminino, fazendo saber a todos o tamanho da sua capacidade e ousadia. A mulher ainda sofre, e muito, com a violência, e a continuação de tal assombro é a lei, muitas vezes, branda associada ao medo por parte de muitas mulheres em denunciar o agressor; os números da violência são bem mais do que retórica matemática a escancarar uma triste realidade estampada na face da sociedade brasileira, números que não refletem na íntegra, em virtude dos inúmeros casos que não vêm à tona, impedidos pela ameaça, desencadeando uma nova violência.

As denúncias têm ajudado a colocar agressores na cadeia, mas a violência doméstica continua em alta, e a persistência dela é um contraste à fama de país pacifista. Paralelo ao grito de liberdade da autônoma, há as lágrimas silenciosas da mulher brasileira oprimida, em choro tão piedoso e dolorido, quanto um tapa estridente desferido violentamente no rosto da “mulher-pátria” que nos pariu.

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