quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

SINHÁ SOB A LUZ DA LUA









A lua vai se esvaindo
Dançando por sobre o mar
E nas águas prateadas
Põe-se um rosto a desenhar
E numa perfeita miragem
Lua e mar formam a imagem
Do rostinho de Sinhá

Não sei se sonho ou deliro
Se me ofusca tal lampejo
Loucura minha ou acaso
Ilusão minha ou desejo?
É minha Sinhá amada
Sob a água desenhada
É ela; eu sinto; eu vejo

Não vá embora oh! Lua
Permitas que seja assim
Tal beleza, tal semblante
Olhando e rindo pra mim
E se há favor em mim merecido
Atende este meu pedido
Oh temido mar sem fim

Vejo e toco a fria água
E a imagem se desfaz
Não Sinhá, não vá embora
Se demore um pouco mais
Fique que o mar sabe bem
E a lua, do amor também
Não te sejas tão fugaz

Perdendo foi-se na areia
E a lua foi se encontrar
Com as já tranquilas águas
Deu um abraço no mar
E num mergulho insano
Joguei-me no oceano
E assim abracei Sinhá.



Por: Nilsomar Morais 

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