LENDA DA PENA ALVA
Lendas são
histórias contadas pelos mais velhos para explicar fatos místicos e misteriosos
e, algumas vezes, com o intuito de assustar crianças com contos e personagens
mirabolantes.
Penalva, por sua
vez é uma cidade lendária, sabemos a verdadeira origem do nome Penalva, mas abordaremos
aqui sua origem lendária, na fantasia dos contos passados de geração em
geração. É mais empolgante levar a imaginação até às margens do rio Cajari e
ver um índio encontrar a pena que mais tarde tornou-se símbolo da cidade,
tornando a lenda parte do nosso folclore; da nossa cultura.
Nas escolas as
crianças não só aprendem a lenda como também encenam, valorizando a cultura
indígena e suas influências. Nas festas realizadas, também lembram o passado
cultuando o índio, a garça, a pena alva como personagens principais do inicio
da civilização Penalvense.
LENDA: O FIM DE
PENALVA
Em uma cidade pequena
tal qual é Penalva, um boato facilmente toma proporções gigantescas,
principalmente quando diz respeito a muitos. Desta forma surgiu uma das mais
notáveis lendas penalvese: O FIM DE PENALVA. Seu protagonista (um mudo)
anunciava a destruição por meio de uma inundação que colocaria fim a todos
quanto permanecessem na pequena cidade. Profecia que causou um grande alvoroço
influenciando diretamente em todo ciclo econômico: pessoas vendiam casas a
baixo preço e mudavam-se para o interior ou cidades próximas, muitos
abandonaram suas casas e desesperadamente buscaram abrigos longes dos ares
lacustres penalvenses, temerosos da eficácia de tal anúncio profético.
Pelo menos dois
episódios tornam essa lenda pitoresca, visto o não cumprimento do presságio: O
“MUDO” assim ficara depois de anunciar a destruição da cidade, este fenômeno
deu-lhe o crédito que provocou o alarde em todo o povo, uma vez que tal anúncio
custara-lhe a voz. O outro, não menos imérito e com um traço a mais de humor e
compaixão aconteceu nos arredores da cidade, certa senhora fugia da catástrofe
no lombo do seu animal de carga quando este a jogou no chão quebrando-lhe as
pernas. A alternativa encontrada foi ela retornar para Penalva e esperar em
casa a tal inundação, que varreria do mapa toda a cidade.
TAYNÃ A LOUCA DAS
ESTEARIAS
Em Penalva havia uma
filha de comerciante português com uma índia Guajajara por nome Taynã,
destacava-se por sua beleza na flor da idade, aos dezessete anos. Quando jovem fora
estuprada por um rico senhor de engenho de nome Pompilio Meireles de uma região
por nome Tramaúba, enveredou-se em uma vida de casamentos malsucedidos com
homens da alta sociedade vianense. Penalva foi refúgio final dos seus momentos
de desespero, ficando assim conhecida como a “Louca das estearias” que
assustava crianças curiosas e morava em uma palafita às margens do lago na
enseada do Quebra Coco. Seu nome no entanto, foi além, relatos de pessoas mais
idosas dão a Taynã um destaque entre as lendas do município ao afirmar que em
noites de lua cheia ouve-se seus gritos desesperado e palavras incompreensíveis
em tupi guarani.
LENDA DA CAMBOA
FANTASMA
Trata-se de um grupo de
vários pescadores com o propósito de cercar o peixe e aumentar a produtividade,
prática bastante comum nos rios Penalvense. Os pescadores saem juntos e assim
permanecem, aos retardatários cabe acompanhar os demais, geralmente na
madrugada.
Das camboas
aventureiras dos lagos locais uma é destaque entre os pescadores em virtude dos
mistérios que a circulam, trata-se da camboa fantasma que assombrou pescadores
nos arredores do “laguinho” até à região denominada Jacuica. Segundo os relatos
de pescadores mais antigos, do misterioso grupo de pescadores, apareciam as
luzes das candeias, vozes das pessoas e até o barulho das tarrafas caindo na
água, todavia, jamais alguém via os pescadores quando, ao confundir com uma
camboa “real”, procurava ir atrás. Geralmente estes eram acometidos por fortes
dores de cabeça e febre após retornarem para casa depois da perseguição malsucedida da dita camboa.