As últimas disputas no cenário politico-ideológico em
Penalva transformaram-se em um imbróglio ambíguo por natureza, que mistura
ideal e luta a uma dose de política e fanatismo. Como protagonistas, duas
forças tentam desqualificar os argumentos adversos. No contexto histórico, ambas
se convergem para depois se divergir e divergem para se juntar posteriormente. A
ascensão do Executivo deve, em qualquer época, bastante aos intelectuais,
formadores de opinião e classe crítica de um modo geral, esta, por sua vez, não
pode se dar ao luxo de ser (des) tratada com tanta arrogância.
O prefeito Edmilson Viegas parece seguir Maquiavel à
risca: “Não importa o que o governante faça em seus domínios, desde que seja
para manter-se com autoridade”. Só esquece que O príncipe, foi uma bajulação
maquiavélica na tentativa de este voltar à vida pública. Assim agindo, o
prefeito retrocede a objetividade e vai diminuindo sua credibilidade
lentamente, inversamente proporcional à do sindicato.
Sua prepotência o faz exigir que o “respeitem”, quer
impedir a divulgação de notas, quer até que deixem de falar mal dele no
facebook. Sua postura anacrônica o faz pensar em mandato vitalício e
hereditário, logo na sociedade onde o poder emana do povo (pelo menos em tese)
ele parece querer uma atenção divinal inquestionável (Jesus Cristo que se
cuide), uma adoração irrestrita.
Até seu discurso de sensibilidade é ultrapassado: “eu
gostaria muito, mas não posso”, “tudo o que estou fazendo é para um bem maior”...
Napoleão morrera na Ilha de Santa Helena tentando se redimir dessa forma,
morrerá o prefeito na praia do ostracismo agindo assim? Friedrich Nietzsche em Assim
falou Zaratustra, matou deus para muitos, matará o sindicato para todos o
prefeito?
Enquanto o sindicato conta com os argumentos com
propriedades para alcançar êxito, o prefeito conta com a “ju$tiça” para tenta
barrar o avanço do movimento grevista e ludibriar as mentes menos providas de
criticidade. Se para Descartes pensar é existir, (cogito, ergo sum) Penalva é
um local de poucos existentes. Se para o prefeito a ilegalidade da greve é uma
vitória, para a educação penalvense é uma derrota ter professores no poder que
se eximem de defender seus direitos em nome de um status efêmero. ? Quem serás tu daqui a pouco?
Quem já foi
tu heim, professor.
por: Nilsomar Morais
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