A Didática transcende a ideia de ensino,
portanto, não pode ser vista superficialmente como a arte de ensinar, há uma
implicância entrelinhas que atinge o desenvolvimento do aluno e ensinar perderá
a importância se o mesmo aluno não atingir um saber pleno. Assim sendo, ensinar
e aprender são conceitos que devem andar conjuntamente na conjectura da
docência. Se o aluno não aprende aquilo que o professor ensina, há de se
considerar uma perda de conexão com o objetivo didático final, qual seja,
educar plenamente o aluno e a quebra desse elo pode está associado ao aluno ou
ao professor ou ainda a ambos, servindo como base para modificar ou ainda
aperfeiçoar a técnica, isto é, a sua aplicabilidade didática.
As Tendências Pedagógicas Progressistas,
muito contribuíram na modificação da relação entre professor, aluno e
conhecimento. A inversão da centralização, que passou do professor para o
aluno, permitiu que o aluno pudesse expor suas próprias ideias baseadas na
realidade sua ou conhecimento de mundo que ele possuía. Essa nova forma de
encarar a prática educacional, modificou a forma como o conhecimento era
exposto em sala de aula, de mero transmissor, o professor passou a ser um
mediador do saber em relação a seu aluno, este por sua vez, abandona a forma de
receptor de conteúdo bem como sua passividade diante dos mesmos e o conteúdo é
analisado de forma histórica, passível de mudança.
Nessa conjectura, aprender não é
mais apenas decorar datas e nomes de ditos heróis, mas analisar, e compreender
as circunstâncias em que os fatos ocorrem bem como suas consequências. Nas
palavras de Libâneo, aprender é um ato de conhecimento da realidade concreta,
isto é, da situação real vivida pelo educando e só tem sentido se resulta de
uma aproximação crítica dessa realidade. Portanto, a criticidade ganha
papel importante na condução do ensino-aprendizagem e o aluno vê-se como
transformador da própria realidade e a escola deixará seu papel reprodutor da
sociedade e desempenhará o papel de preparação do aluno para o mundo adulto e
suas contradições, fornecendo-lhe um instrumental, por meio da aquisição de
conteúdos e da socialização, para uma participação organizada e ativa na
democratização da sociedade.
*Por: Nilsomar Morais