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terça-feira, 3 de junho de 2014

A INTELECTUALIDADE VERSUS A PREPOTÊNCIA*



As últimas disputas no cenário politico-ideológico em Penalva transformaram-se em um imbróglio ambíguo por natureza, que mistura ideal e luta a uma dose de política e fanatismo. Como protagonistas, duas forças tentam desqualificar os argumentos adversos. No contexto histórico, ambas se convergem para depois se divergir e divergem para se juntar posteriormente. A ascensão do Executivo deve, em qualquer época, bastante aos intelectuais, formadores de opinião e classe crítica de um modo geral, esta, por sua vez, não pode se dar ao luxo de ser (des) tratada com tanta arrogância.


O prefeito Edmilson Viegas parece seguir Maquiavel à risca: “Não importa o que o governante faça em seus domínios, desde que seja para manter-se com autoridade”. Só esquece que O príncipe, foi uma bajulação maquiavélica na tentativa de este voltar à vida pública. Assim agindo, o prefeito retrocede a objetividade e vai diminuindo sua credibilidade lentamente, inversamente proporcional à do sindicato.


Sua prepotência o faz exigir que o “respeitem”, quer impedir a divulgação de notas, quer até que deixem de falar mal dele no facebook. Sua postura anacrônica o faz pensar em mandato vitalício e hereditário, logo na sociedade onde o poder emana do povo (pelo menos em tese) ele parece querer uma atenção divinal inquestionável (Jesus Cristo que se cuide), uma adoração irrestrita.

Até seu discurso de sensibilidade é ultrapassado: “eu gostaria muito, mas não posso”, “tudo o que estou fazendo é para um bem maior”... Napoleão morrera na Ilha de Santa Helena tentando se redimir dessa forma, morrerá o prefeito na praia do ostracismo agindo assim? Friedrich Nietzsche em Assim falou Zaratustra, matou deus para muitos, matará o sindicato para todos o prefeito? 


Enquanto o sindicato conta com os argumentos com propriedades para alcançar êxito, o prefeito conta com a “ju$tiça” para tenta barrar o avanço do movimento grevista e ludibriar as mentes menos providas de criticidade. Se para Descartes pensar é existir, (cogito, ergo sum) Penalva é um local de poucos existentes. Se para o prefeito a ilegalidade da greve é uma vitória, para a educação penalvense é uma derrota ter professores no poder que se eximem de defender seus direitos em nome de um status efêmero. ? Quem serás tu daqui a pouco?
 Quem já foi tu heim, professor.


por: Nilsomar Morais
 

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