O
Novo é sempre fascinante. Ele sempre traz consigo o pressuposto de diferente,
inovador; rompe com a barreira da mesmice e faz acreditar que tudo se
transforma na sociedade ou em outro segmento da vida. Na política, é o ideal
indispensável para acreditarmos em um sistema mais digno, face à podridão existente
no meio dos “velhos” políticos.
Em
Penalva, é sob esse epílogo que muitos políticos buscam alcançar a prefeitura.
Sob a maquiagem do “bom” e de salvador da pátria, eles o fazem de jargão, de
slogan, nomeiam suas coligações na tentativa de mostrar uma possível ruptura
com tudo aquilo que se mostra ser mais do mesmo. E outra vez foi o dito novo
que saiu em vantagem, porém, cabe o questionamento de até onde tudo que se vê
ou verá constitui o NOVO de fato.
Primeiro:
as práticas que embalaram a Campanha do candidato em nada diferem-se da usadas
por políticos passados com Lourival Gama, Nauro Muniz, Roberto Mendes entre
outros. Na tentativa de diminuir o outro, surgem a acusações, as ofensas
pessoais, as calúnias. É a demonização do adversário na tentativa de mostrá-lo
como alguém indigno de conduzir a cidade e representar o povo. Nada de
políticas sociais, de incentivo à educação; tudo isso parece uma política
utópica longe dos ares de Penalva. E isto arranca aplausos da multidão
eufórica. Vivas e gritos de “é verdade” saem da plateia enlouquecida, que está
ali por dias melhores. (para si)
Segundo:
a agiotagem protagoniza um espetáculo à parte, ela dita a grande maioria dos
que chegam ao poder. Não é o carisma, o sonho ou vontade de fazer, é o
dinheiro. A corrupção rola solta em período eleitoral, é o crime mais praticado
e ninguém pune. Ninguém vai preso. Ninguém responde.
Terceiro:
não existe nada de novo. A única coisa que muda é que quem governava antes
vestia saia e quem governa agora veste calça. No mais, tudo é igual. Existe uma
mistura de mandatários, ex nauristas retornam ao poder, (isso mesmo) aqueles
que compuseram o governo Nauro, em sua grande maioria, estão de volta e eles
são os mesmos que comiam à mesa com Lourival Gama. Só está de fora aqueles que
eram comensais do governo Zeca. Estes estão recente, muitos deles; porque ainda
existem os outros que se desgarraram do “rebanho” por motivos de ambição maior.
Aos
remanescentes deste ultimo, resta esperar a oportunidade que há de vir trazendo
junto muitos dos que aí estão agora. É a previsibilidade política Penalvense,
não é profecia; é o âmago de uma estrutura que acontece em nome da
governabilidade, da ascensão politiqueira local. Mudam-se os nomes; permanecem
as práticas. Este é o ciclo vicioso tão positivista que rodeia Penalva desde que
a mesma existe.
Edmilson
Viegas não é o salvador da pátria, tão pouco o deus que veio retirá-la do obscurantismo que se propaga. Ele é a
continuidade de uma velha história que se repete a cada novo quadriênio, ainda
que sob o argumento do “novo”.
“Só
mudam os vícios e as virtude, de que uns são comensais e outros adversos” disse
Gregório de Matos, uma máxima aplicável aos mecanismos de obtenção do poder por
aqui. Tudo isto nada mais é do que mais do mesmo. Oh! Carnaval nós te
conhecemos; nem é preciso tirar a máscara.
Nenhum comentário:
Postar um comentário