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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

OS GRUPOS QUE ELEGEM OS POLÍTICOS E SEUS COMPORTAMENTOS PÓS-ELEIÇÃO.


Eleição encerrada, gestor novo na prefeitura, tudo volta ao normal. Pelo menos é assim em uma cidade normal, com pessoas normais. A eleição penalvense vai muito além dos três meses de campanha em que os candidatos às “tetas” de ouro (leia-se prefeitura), trocam acusações e ofensas munidos de um linguajar desprovido de qualquer ética, arrastando consigo um exército disposto a defender seu líder a qualquer custo na esperança de sentar à mesa na repartição dos “despojos” municipais que perdurarão por um quadriênio.

Com a Ascensão de um novo prefeito, começa uma nova “guerra”. Desta vez são as redes sociais que entram em cena como palco de uma contenda interminável onde o vocabulário é do escalão mais baixo existente. Os papéis agora se invertem: aqueles que propagavam uma cidade em constante crescimento se apossam do mesmo discursos dos que agora ocupam seus lugares. Estes, por sua vez, passam de acusadores para defensores. É uma continuação das divergências em palanque, porém protagonizadas por novos agentes. Faz-se necessário voltar à raiz da questão para entender os motivos dos elogios bem como das críticas. É a inversão súbita das ideias. A compreensão dessa prática requer uma divisão no eleitorado penalvense em três grupos.

O primeiro grupo são aqueles que não dão a mínima para quem vai ser eleito ou não, suas decisões serão determinadas por alguma força monetária insignificante que será o preço do seu voto, uma falta de patriotismo com àqueles que arriscaram suas vidas (muitos ainda dera as mesmas) para que pudéssemos usufruir do direito de votar. Este grupo leva ao poder vereadores sem carisma nem popularidade e constitui uma força que pode decidir o futuro gestor local. Neste grupo ainda estão aqueles cuja situação de pobreza o impelem a aceitar ofertas como ferramentas de trabalho, favores na capital e outras formas que de obrigação governamental que este se omite justamente para deixar refém as vítimas de sua omissão.

No segundo grupo estão aqueles que dão o “sangue” em prol da causa, que carregam a bandeira e o candidato. Aqueles que defendem com unhas e dentes que o candidato que apoiam é o mais apto para o cargo. Estas pessoas estão ali por uma causa particular: elas querem fazer parte do governo, das tomadas de decisões. Buscam no seio da prefeitura uma oportunidade de emprego para si e familiares.

O terceiro grupo constitui uma força menor, estão agregados vários tipos de ideologia entre elas a que deveria ser a mais preponderante na hora de votar, isto é, a genuína liberdade de escolha. Há também aqueles contrários à reeleição e tantos outros que estão de fora das arenas de combate politiqueiro.

Com a vitória de um ou outro, os embates permanecem nos bastidores, influenciam tomadas de decisões em organizações compostas por pessoas de alas politicas diferente, como os sindicatos. Não há uma ideia coletiva de melhoria, não se pode falar em oposição, frente à postura tomada por aqueles que saíram derrotados nas eleições. Estes irão torcer por um fracasso dos que governam, assim terão mais chance na próxima e sempre acharão uma forma de diminuir os atos daqueles, seja nas esquinas ou redes sociais. Tudo por um lugar ao sol ou simplesmente na prefeitura. 



sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

POBRE E SUA RELAÇÃO COM O PODER (por Renato Sá)


A esperança como princípio vital por séculos nos conduz por um caminho de busca pela liberdade, de busca por sonhos, de busca por uma ambiência que só encontramos nos campos mais profundos de nossa imaginação. Aprendemos a vida inteira que somos seres inferiores, que para exercermos os grandes cargos desse país, deveríamos nascer em berço de ouro, pertencer a uma família rica, que deveríamos agregar uma infinidade de diplomas, que deveríamos nos submeter a um sistema corrupto, maior que a própria quem sabe até do que força divina, e que “nós”, meros mortais, nunca faríamos a diferença caso decidisse agir de outra forma.
Aprendemos que o ponto de vista de quem vive nos andares de baixo do nosso país, era só de submissão, de sujeitos passivos, e que o comportamento mais apropriado era de um cidadão de segunda classe, sem capacidade, sem conhecimento, desprovido de auto-estima. O que retrata com perfeição a nossa sociedade, ou seja, extremamente capitalista e que só privilegia a elite.
Foi assim mesmo que a sociologia ensinou, que a escola ensinou, que a nossa família ensinou, foi assim que aprendemos a vida inteira, até que um dia, assistindo um pronunciamento do ex-presidente Lula citando um poema de Vinícius de Moraes - UM OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO - , vislumbrei um horizonte novo, constatei que todo operário também poderia dizer não, e, quando ele disse não, a lógica perversa que estava montada em sua vida caiu por terra, o sistema perverso que estava dominando este país e que dependia de seu apoio, se desestruturou, assim formou-se um contexto novo, um contexto em que o poder não era exercido só por uma parcela da sociedade, mais pela sociedade.
Reflexo disso assim quando elevamos um metalúrgico para presidente que representava 80% dos excluídos de nosso país, do mesmo jeito quanto a maioria negra da África do Sul, elegeu um negro que representava 26 milhões de pessoas, que eram dominadas por 6 milhões de brancos, quando elegeram Madelela para presidente da república daquele país.
Por isso, estou otimista, o povo lá no fundo começa a enxergar seu valor, o seu potencial, que o verdadeiro caminho para o verdadeiro progresso, só ocorre pelas mãos de quem conhece seu povo, de quem conhece sua realidade, e de quem realmente sonha com uma sociedade mais justa, menos desigual, com oportunidades cada vez mais presentes na realidade da coletividade e que dispunha de coragem para tanto.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Cassação de Roseana Sarney. Você acredita?


TSE prepara-se para julgar cassação de Roseana



Maranhão – Com Jackson Lago apeado do cargo pelo TSE em ação movida por ela, a então senadora Roseana Sarney (PMDB) assumiu o governo do Maranhão em 2009, com 21 meses de mandato restantes. Acabou reeleita em 2010, com o apoio de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, para mais um mandato (2011-2014), desta vez integral.
Agora, entretanto, Roseana que foi algoz, transformou-se em acusada em duas ações em tramitação no TSE para cassar o seu mandato, ambas sob relatoria do ministro Arnaldo Versiani. No processo que está mais adiantado, movido pelo ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), Roseana responde às acusações de abuso de poder político e econômico na campanha eleitoral. A ação aguarda parecer do procurador-geral eleitoral, Roberto Gurgel, há cinco meses.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Professor de Penalva: docente ou partidário político?


    Esta é uma pergunta cuja resposta pode ser comprometedora se encarada em sua generalidade. É bem verdade que existem professores em Penalva que colocam sua função bem acima de qualquer sigla partidária e são dignos de uma profunda admiração. Todavia há outros, e não poucos, que não separam política partidária de todo tipo de movimento e/ou situação cotidiana. A reunião dos servidores públicos municipais realizada no sábado dia 11, serviu para retificar tal conclusão.

A temática era o pagamento dos servidores da educação referente ao mês de dezembro, procurava-se um acordo entre categoria e poder publico na tentativa de um consenso. Porém, o que se viu em grande parte foi professores propagarem conversas dignas de boteco de esquina. Um acusava a gestora anterior outro exaltava a figura do atual administrador e o plenário transformara-se em palco de embates políticos. Partidários que ali estavam, enobreciam a figura de um homem que está apenas alguns dias no governo em detrimento das ações da gestora passada.

A cada ofensa, uma salva de palmas pela plateia que se deleitava em ver alguém apontar a culpa para Zeca Gama pelo pagamento ainda não ter sido efetuado. 

É bem verdade que aplicar isso a todos ali presente seria uma tremenda falta para com àqueles docentes que buscavam na reunião o verdadeiro objetivo dela. O presidente da entidade, o professor Amarildo Silveira conduziu a reunião com a postura com a qual era de se esperar de todos. O acordo final ficou estabelecido que o pagamento será efetuado na sua totalidade logo após o repasse do governo federal, que tem até o dia 31 como prazo Maximo para está na conta.

A classe de professores, a mais respeitável. Não deveria dar uma dessa: fazer de tudo um embate político, uma oportunidade de enaltecer a figura de quem se é partidário e diminuir que é adversário. É preciso uma postura mais imparcial por parte de muitos dos nossos professores, um amadurecimento, um discernimento mais maduro. A política partidária local é maculada, não deixeis que nossa Educação adquira a mesma mácula.




terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Lendas: uma contribuição histórico-cultural


A cultura é o suporte de maior relevância na identidade de um povo, seus aspectos peculiares favorecerão na criação de um conjunto de singularidades a diferenciar um povo de outro. Das mais variadas formas que a cultura se apresenta, cabe destacar as lendas – elemento crucial para enriquecimento histórico de qualquer segmento social-.
   As lendas não são verdades inquestionáveis, todavia não constituem uma mentira em sua totalidade. Sua característica está na oralidade como forma de ser repassada à posteridade, processo este que permite a modificação e variação de uma mesma lenda, isto faz com que a mesma se apresente com traços diferentes a cada novo tempo, é o ponto aumentado por aquele que conta um conto. Essa mistura de real e imaginário transcende a idéia de verdade e mentira, enquanto uma ocorre pela ausência da outra, a lenda é concebida pela junção das duas. Portanto, nesse contexto, enquanto verdade é aquilo que é provado e comprovado cientificamente, mentira - embora sendo uma verdade que deixou de existir- ganha novos contornos merecedores de um modesto crédito que a elevam ao status de LENDA.

Não há povo sem cultura e, por conseguinte, sem lendas também. Viana, Cajari, Penalva... Todos buscam no imaginário uma forma peculiar para explicar suas origens, mistérios e costumes. As que enriquecem a cultura penalvense são dos mais variados tipos a se apresentar nas mais diversas formas que juntam beleza com traços de poesia e humor nostálgico repleto de admiração e espanto.

Dentre tais, A MANGUEIRA QUE “CHORAVA” e despertava curiosidade e          espanto de quase todos por causa de um líquido que misteriosamente escorria de suas folhas. Quase todos; isto porque o jovem Raimundo Matos em um ato de audácia, desafiando os limites do imaginário, certa vez concentrou em um copo uma quantia considerável do tal líquido para em seguida ingerir de uma só vez. 
Em uma cidade pequena tal qual é Penalva, um boato facilmente toma proporções gigantescas, principalmente quando diz respeito a muitos. Desta forma surgiu uma das mais notáveis lendas penalvese: O FIM DE PENALVA. Seu protagonista (um mudo) anunciava a destruição por meio de uma inundação que colocaria fim a todos quanto permanecessem na pequena cidade. 

Profecia que causou um grande alvoroço influenciando diretamente em todo ciclo econômico: pessoas vendiam casas a baixo preço e mudavam-se para o interior ou cidades próximas, muitos abandonaram suas casas e desesperadamente buscaram abrigos longes dos ares lacustres penalvenses, temerosos da eficácia de tal anúncio profético.

Pelo menos dois episódios tornam essa lenda pitoresca, visto o não cumprimento do presságio: O “MUDO” assim ficara depois de anunciar a destruição da cidade, este fenômeno deu-lhe o crédito que provocou o alarde em todo o povo, uma vez que tal anúncio custara-lhe a voz. O outro, não menos imérito e com um traço a mais de humor e compaixão aconteceu nos arredores da cidade, certa senhora fugia da catástrofe no lombo do seu animal de carga quando este a jogou no chão quebrando-lhe as pernas. A alternativa encontrada foi ela retornar para Penalva e esperar em casa a tal inundação, que varreria do mapa toda a cidade.
Acontecimentos dessa natureza unem passado e presente em um ciclo que sofre mudanças (lendas), todavia não caem no ostracismo (história). Trazê-las à tona é uma forma de comprovar a sua contribuição no processo histórico e cultural e ainda uma maneira de encontrar- se consigo mesmo mergulhando em um passado de dóceis meias-mentiras mostrado sob a luz da verdade que sempre o acompanhou.
                                                            

  


Nilsomar Morais é formado em Comunicação Educativa 
e graduando em História pela Facitel.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

PENALVA: MONUMENTO NATURAL




Nasceste na mata virgem
Com bela vista pro mar
O tempo fez-te cidade
Onde mais brilha o luar
Lá que nasceu a palmeira
E o canto do sabiá.

Habita nessa cidade
Uma forte, brava gente
Que na luta mostra força
Que só quem é de lá sente
Vibrar no peito o impulso
De um coração valente.

Penalva: ei-la descrita
Onde é mais verde o prado
Onde a rosa é mais bonita,
O lírio mais perfumado
Por isso ela é monumento
Natural do nosso Estado.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O VELHO NOVO DE NOVO


O Novo é sempre fascinante. Ele sempre traz consigo o pressuposto de diferente, inovador; rompe com a barreira da mesmice e faz acreditar que tudo se transforma na sociedade ou em outro segmento da vida. Na política, é o ideal indispensável para acreditarmos em um sistema mais digno, face à podridão existente no meio dos “velhos” políticos.
Em Penalva, é sob esse epílogo que muitos políticos buscam alcançar a prefeitura. Sob a maquiagem do “bom” e de salvador da pátria, eles o fazem de jargão, de slogan, nomeiam suas coligações na tentativa de mostrar uma possível ruptura com tudo aquilo que se mostra ser mais do mesmo. E outra vez foi o dito novo que saiu em vantagem, porém, cabe o questionamento de até onde tudo que se vê ou verá constitui o NOVO de fato.

Primeiro: as práticas que embalaram a Campanha do candidato em nada diferem-se da usadas por políticos passados com Lourival Gama, Nauro Muniz, Roberto Mendes entre outros. Na tentativa de diminuir o outro, surgem a acusações, as ofensas pessoais, as calúnias. É a demonização do adversário na tentativa de mostrá-lo como alguém indigno de conduzir a cidade e representar o povo. Nada de políticas sociais, de incentivo à educação; tudo isso parece uma política utópica longe dos ares de Penalva. E isto arranca aplausos da multidão eufórica. Vivas e gritos de “é verdade” saem da plateia enlouquecida, que está ali por dias melhores. (para si)

Segundo: a agiotagem protagoniza um espetáculo à parte, ela dita a grande maioria dos que chegam ao poder. Não é o carisma, o sonho ou vontade de fazer, é o dinheiro. A corrupção rola solta em período eleitoral, é o crime mais praticado e ninguém pune. Ninguém vai preso. Ninguém responde.

Terceiro: não existe nada de novo. A única coisa que muda é que quem governava antes vestia saia e quem governa agora veste calça. No mais, tudo é igual. Existe uma mistura de mandatários, ex nauristas retornam ao poder, (isso mesmo) aqueles que compuseram o governo Nauro, em sua grande maioria, estão de volta e eles são os mesmos que comiam à mesa com Lourival Gama. Só está de fora aqueles que eram comensais do governo Zeca. Estes estão recente, muitos deles; porque ainda existem os outros que se desgarraram do “rebanho” por motivos de ambição maior.

Aos remanescentes deste ultimo, resta esperar a oportunidade que há de vir trazendo junto muitos dos que aí estão agora. É a previsibilidade política Penalvense, não é profecia; é o âmago de uma estrutura que acontece em nome da governabilidade, da ascensão politiqueira local. Mudam-se os nomes; permanecem as práticas. Este é o ciclo vicioso tão positivista que rodeia Penalva desde que a mesma existe.

Edmilson Viegas não é o salvador da pátria, tão pouco o deus que veio retirá-la do obscurantismo que se propaga. Ele é a continuidade de uma velha história que se repete a cada novo quadriênio, ainda que sob o argumento do “novo”.
“Só mudam os vícios e as virtude, de que uns são comensais e outros adversos” disse Gregório de Matos, uma máxima aplicável aos mecanismos de obtenção do poder por aqui. Tudo isto nada mais é do que mais do mesmo. Oh! Carnaval nós te conhecemos; nem é preciso tirar a máscara.