Image Map

terça-feira, 19 de novembro de 2013

DILMA ACABA COM O SONHO DE JACARÉ E OUTROS VIRAREM CIDADE

A presidenta Dilma Rousseff vetou integralmente o Projeto de Lei 98/2002 que criava, incorporava, fundia e desmembrava municípios. No despacho feito na semana passada, Dilma diz que a proposta de lei devolvida ao Congresso contraria “o interesse público”. 

Segundo o despacho presidencial, o Ministério da Fazenda ponderou que a medida expandiria “a expansão expressiva do número de municípios” o que acarretaria no aumento das despesas do Estado com a manutenção da estrutura administrativa e representativa. O ministério ponderou, ainda, que o crescimento de despesas não será acompanhado por receitas que permitam a cobertura dos novos gastos, “o que impactará negativamente a sustentabilidade fiscal e a estabilidade macroeconômica”.

Além disso, os técnicos da área econômica destacaram que, com o crescimento de municípios brasileiros, haveria uma “pulverização” na repartição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Isso acrescenta na justificativa para o veto presidencial, acarretaria em prejuízos para as cidades menores, além de maiores dificuldades financeiras.

O veto da presidente adiou o sonho de emancipação de várias localidades que sonham com suas emancipações. É o caso do município de Jacaré (Penalva) que há tempo vem lutando por sua autonomia. Na Assembleia Legislativa Estadual do Maranhão há projetos de emancipação de dezenas de povoados. Na lista de espera tem localidade com até 41 mil habitantes, como é o caso do Maiobão, subordinado a Paço do Lumiar.

Confira abaixo a relação:

(Caxias) Nazaré do Bruno: 8.222 habitantes

(Caxias) Brejinho dos Cocais: 11.031 habitantes

(Codó) Moisés Reis: 10.137 habitantes

(Codó) Cajazeiras do Maranhão: 9.950 habitantes

(Açailândia) Novo Bacabal: 15.796 habitantes

(Bacabal) Brejinho: 8.320 habitantes

(Barra do Corda) Santa Vitória do Maranhão: 8.454 habitantes

(Barra do Corda) Ipiranga: 7.551 habitantes

(Santa Luzia) Santo Onofre: 10.977 habitantes

(Santa Luzia) Faisa da Chapada do Seringal: 12.930 habitantes

(Buriticupu) II Núcleo: 8.227 habitantes

(Itapecurú-Mirim) Palmares do Maranhão: 10.951 habitantes

(Grajaú) Alto Brasil: 8.395 habitantes

(Barreirinhas) São José das Varas: 13.080 habitantes

(Tutóia) Barro Duro: 16.186 habitantes

(Zé Doca) Deputado João Evangelista: 8.505 habitantes

(Araióses) Carnaubeiras: 8.595 habitantes

(Bom Jardim) Novo Jardim: 8.761 habitantes

(Turiaçu) Porto Santo do Maranhão: 10.706 habitantes

(São Domingos do Maranhão) Baixão Grande do Maranhão: 8.686 habitantes

(Vitória do Mearim) Coque: 9.403 habitantes

(Pindaré-Mirim) Morada Nova: 9.924 habitantes

(Alto Alegre do Pindaré) Auzilândia: 11.462 habitantes

(TunTum) Belém do Maranhão: 11.129 habitantes

(Santa Quintéria) Vitoria do Parnaíba: 13.242 habitantes

(Penalva) Jacaré: 7.054 habitantes

(Monção) Castelo: 7.532 habitantes

(Santa Quitéria) Queimadas: 7.318 habitantes

(São Luis) Maracanã do Maranhão: 31.644 habitantes

(Paço do Lumiar) Maiobão: 41.752 habitantes

(Rosário) São Simão do Maranhão: 8.260 habitantes

(Parnarama) Paiol do Centro: 8.930 habitantes

terça-feira, 5 de novembro de 2013

NÃO À ESTRATÉGIA DA RESIGNAÇÃO

Por Flávio Dino

Esta expressão é usada pelo excelente filósofo Vladimir Safatle. Segundo ele, a estratégia da resignação "tem o propósito de nos fazer acreditar que toda ação visando à ruptura com formas de vida que aparecem como naturalizadas só poderá produzir catástrofes."

O Maranhão nunca viveu um longo período autenticamente republicano e democrático (as exceções confirmam a regra). Vivemos, desde tempos remotos, sob domínio do coronelismo, que quer parecer "natural", normal, invencível. Na sua face mais recente, coube ao senador Sarney liderar esse ciclo que se inaugurou em 1965 e ainda hoje persiste.

Os resultados aí estão. Como é impossível dizer que a realidade é boa, pois todos os indicadores sociais e as tragédias cotidianas demonstram o contrário, resta à oligarquia impor a ESTRATÉGIA DA RESIGNAÇÃO.

Ou seja, mediante agressões diárias, mentiras etc, eles visam "provar" que qualquer mudança que os tire do poder resultará em uma "catástrofe". Na verdade, será uma catástrofe para eles, que mantêm seus privilégios obsessivos e negócios milionários às custas da máquina do Estado.

Assim, o objetivo da máquina de propaganda deles é paralisar a onda de indignação cívica que toma conta da população, e forçar a resignação à continuidade do mando do mesmo grupo.

Eles ainda não perceberam que o povo maranhense tem o direito de sonhar, e está sonhando; e tem o direito de voar, e irá voar, livre, em direção a uma nova paisagem.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

AMOR IMPOSSÍVEL


"Querer teu sonho e não poder tê-lo
Querer ser teu sem poder sê-lo
Platônico é tal amor tristonho
Não é real, talvez sonho,
Não fantasia, talvez pesadelo.

Se dista de mim o amor que te proponho
Goze a vida, que o meu penar medonho,
Desfazer-se-há se fores feliz
Que ame-te muito quem do teu amor é dono
Já que te amar não pode e te ter, tem como,
Que mais te queira ele do que sempre te quis".

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O AMOR ACABA (Paulo Mendes Campo)

O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.


sábado, 10 de agosto de 2013

Quebradeiras de coco babaçu se reunem com Instituto Chico Mendes para tratar sobre resex Enseada da Mata (Penalva)

O presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Roberto Vizentin, reuniu-se, nesta quarta (7), na sede do Instituto, em Brasília, com integrantes do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB). O movimento reivindica, entre outras coisas, urgência no processo de criação da Reserva Extrativista (Resex) Enseada da Mata, no município de Penalva, no Maranhão.

Maria do Rosário Costa Ferreira, coordenadora regional da Baixada Maranhense do MIQCB, relatou que o principal desafio para a comunidade é o acesso à terra. Segundo ela, a região é conhecida por atividades agropecuárias e conflitos com fazendeiros e produtores. "A criação da Resex, com área que abrange o território tradicionalmente ocupado pelas comunidades locais, irá facilitar o acesso à produção do coco babaçu".

Além da criação da Resex, o movimento pede a abertura de novos processos de criação de unidade de conservação (UC) de uso sustentável na região da Baixada Maranhense, para preservar os recursos e permitir o acesso das comunidades tradicionais, e encontros com o ICMBio e as quebradeiras de coco babaçu na região.

Ambiental e social
O presidente Vizentin disse que o ICMBio se preocupa com a relação entre o social e o ambiental, mas frisou que é necessário cumprir várias etapas para viabilizar a criação de UCs. "É preciso articulações políticas nas diversas esferas governamentais e estudos técnicos. O ICMBio está atento à importância de toda ligação que envolve culturas tradicionais, uso de recursos naturais e preservação do meio ambiente", afirmou ele.

Segundo a coordenadora geral do MIQCB, Maria de Jesus Ferreira Bringelo, o movimento surgiu na década de 1990 e reúne aproximadamente 300 mil mulheres em quatro estados – Pará, Piauí, Maranhão e Tocantins.

"O movimento luta para que o babaçu seja um produto livre para toda a comunidade tradicional poder produzir. Tem que haver políticas públicas, geração de renda, organização do processo gerencial, infraestrutura voltada para a melhoria da qualidade de vida, formação e sustentabilidade. Somente na região do município de Penalva são cerca 600 famílias, ou seja, entre 10 mil a 12 mil moradores", declarou Maria de Jesus.

Vizentin destacou o compromisso das quebradeiras de coco babaçu com o movimento e a iniciativa delas virem até Brasília fazer as reivindicações. Como encaminhamento, o Instituto ficou de apresentar ao MIQCB um relato detalhado da situação atual do processo de criação da Resex Enseada da Mata e, em outubro, realizará reunião, em São Luís (MA), para discutir a gestão participativa na região.

Participaram ainda do encontro o diretor de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em Unidades de Conservação do ICMBio, João Arnaldo Noaves, a coordenadora-geral de Consolidação Territorial, Eliane Maciel, e integrantes da Rede Cerrado.

Saiba mais
Mais de 18 milhões de hectares do território brasileiro são cobertos por florestas secundárias de palmeiras de babaçu. No Brasil, quatro unidades de conservação federal sob gestão do ICMBio trabalham com o coco babaçu, do qual são retirados cerca de 64 subprodutos, que garantem a sobrevivência de muita gente. São elas: a Resex Extremo Norte do Estado do Tocantins (TO) e as Resex Mata Grande, Chapada Limpa e do Ciriaco, no Maranhão.

BNC Cotidiano

A IMAGEM DO ANO


terça-feira, 30 de julho de 2013

ROSEANA SARNEY EM PENALVA: PARA COLOCAR MAIS GATO NO BALAIO!

Não é a primeira vez que Roseana Sarney falha ao marcar uma visita a Penalva, antigo curral eleitoral dos Sarney. Aliás, prometer e não cumprir é a marca registrada no melhor governo da vida da filha do senador José Sarney. Sua visita a Penalva estava maquiada sob os feitos de um dito Governo Itinerante que, na prática, serve apenas para inflar o nome de Luis Fernando como candidato da oligarquia, que, aliás, anda moribunda e beirando o colapso.

E é na tentativa de reverter essa situação que Roseana vem, (ou viria) para forçar uma aliança entre o prefeito Edmilson Viegas e a turma que afunda o Maranhão. O recado já foi dado em tom definitivo: para o prefeito receber algum beneficio do governo do estado, deve oferecer algo em troca, isto é, seu apoio nas eleições. Do contrário, as portas do palácio da leoa (ops, dos Leões) estarão fechadas para Penalva e as do TCU e MPE estarão bem abertas para uma eventual intervenção que obrigue Edmilson Viegas a ceder. Essa é a arcaica forma de se fazer política que os Sarney usam e a eficácia contra Jackson Lago amedronta qualquer prefeitinho do interior.

Essa vocação governista de Penalva e bajulismo sarneysista, proporcionam uma miséria secular tamanha que o cenário parece ser medieval. Os velhos mandatários penalvenses que sobrevivem às custas dos Sarney, proporcionam que estes sobrevivam da miséria do Maranhão. Tais mandatários proporcionam ainda aos penalvenses a migalha que cai de suas mesas, que já é a migalha que cai da farta ceia do Palácio. 

E a multidão ignorante, acostumada com o nada, idolatra Roseana quando esta manda uma estrada ou alguns quilômetros de asfaltos, e expressam bordões do tipo: “Roseana sempre foi boa pra Penalva”. Sarneysista de nascença, ou pelo menos forçada a sê-lo, a terra de Celso Magalhães, que sempre encheu Roseana e sua gangue de votos, merecia bem mais de uma família que se tornou uma das mais ricas em um dos estados mais pobres da federação.

O que recebeu nos últimos anos? Escolas de ensino médio sem ventiladores nas salas, salário do professor contratado atrasado há dois meses. Que nota um estudante participante do ENEM daria ao seu governo? Será que Roseana achará em Penalva terreno fértil para sua velha política? Seu grupo, que não tem oposição em Penalva, teoricamente leva vantagem. Mas com as vozes da rua, implacáveis, com a independência política que a juventude vem mostrando e a falta de crédito na política e principalmente nos Sarney, que afundam o Maranhão, dificilmente um prefeito irá impedir que o voto popular lance de uma vez por toda a cambaleante oligarquia no abismo do ostracismo.

 Ainda que todos os grupos políticos de Penalva se juntem em um mesmo balaio de gatos para apoiar a candidatura de Luis Fernando (o que provavelmente acontecerá), a população deve dá mostras de que pode votar livre e independente. Sem está atrelada ou encabrestada ao executivo municipal. Hoje Penalva com a maior parte dos educadores com nível superior, está mais amadurecida intelectualmente e também, já está de saco cheio de ver essa cambada oligárquica mandando e desmandando no pobre Maranhão, e daqui só levar os votos dos penalvenses, um povo vítima de um assistencialismo massacrador que ainda ver o lixo de suas portas ser removido da mesma forma que era na idade média: em carroças de boi. Penalva cansou de tão pouco. 


Nilsomar Morais é formado em Comunicação Educativa e Graduando em História pela FACITEL.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

terça-feira, 28 de maio de 2013

Trabalhadores de Penalva em regime de semi escravidão em São Luis

DO BLOG  do john

A ação conjunta do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Federal que libertou, na tarde desta segunda-feira (27), vinte e cinco trabalhadores em condições análogas à escravidão, impressionou o deputado Bira do Pindaré (PT).

De acordo com a procuradora Anya Gadelha do MPT, os trabalhadores, oriundos da cidade de Penalva, trabalhavam em condições sub-humanas na construção do Arraial da Lagoa (principal programação oficial de São João do governo do Estado).
A obra foi embargada e a empresa contratada pelo governo do estado para a construção do arraial, a Carmel Construções, deverá responder formalmente pelo crime. Segundo o MPT, dentre os resgatados, estava um jovem de 17 anos.
Os trabalhadores estavam alojados há pelo menos duas semanas no próprio local da obra, sem contrato formal, dormindo no chão, sem água potável, banheiros ou equipamentos adequados para a realização do trabalho.
O deputado Bira, ex-Delegado Regional do Trabalho, afirmou não ter ciência de uma ocorrência dessas registrada em plena capital do estado, e ainda por cima em uma atividade contratada pelo Governo do Maranhão.
“É triste essa constatação! É muito triste para nossa realidade e logo no arraial oficial da Lagoa que visa comemorar o São João, celebrar as grandes manifestações folclóricas do estado do Maranhão, e por trás disso o trabalho escravo. Isso depõe contra nós, depõe contra o Estado”, sentenciou Bira.
O parlamentar mostrou-se preocupado com o turismo no São João de São Luís. Para ele o caso de trabalho escravo macula completamente a iniciativa do arraial. Bira afirmou que não adianta o Governo do estado falar que não sabia do caso, pois, se não tem a consciência, tem a negligência, porque deveria saber a condições em que os trabalhadores estavam submetidos.
O que mais impressiona no caso desbaratado pelo MPT é o local. Não aconteceu em um lugar remoto, nem em uma fazenda, ou em um território distante, foi na Lagoa da Jansen (área nobre da cidade de São Luís). Mesmo assim, o Governo do estado não foi capaz de constatar as condições degradantes em que os trabalhadores estavam submetidos.
O Código Penal Brasileiro, no seu Artigo 149, tipifica claramente a redução de alguém à condição análoga de escrava como crime. Para o petista a empresa tem que ser banida, não pode nunca mais ser contratada pelo Governo do Maranhão, porque esse é um crime de lesa humanidade. Bira também cobrou rigor na punição dos responsáveis pela condução do arraial.
O deputado lembrou que na Assembleia Legislativa já tramitou um Projeto de Lei de sua autoria, infelizmente, vetado pela governadora Roseana Sarney. O PL proibia à contratação de empresas que exploram trabalhadores à exaustão, reduzindo o trabalhador a condição de escravo.
O deputado Bira encerrou seu pronunciamento cobrando austeridade do Governo do estado na condução do caso. “É um absurdo repudiável, de fato, não tem defesa, nessa o governo do Maranhão pecou feio e eu espero apenas que para tentar atenuar o governo tenha austeridade de enfrentar essa situação, tomando as medidas necessárias para que a gente possa pelo menos recuperar parte do prejuízo que tudo isso causa para a imagem do Maranhão e para a imagem da nossa cultura popular”, concluiu.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

MANIFESTAÇÃO DE MORADORES DO POVOADO JACARÉ NAS RUAS DE PENALVA


Moradores do povoado jacaré fizeram manifestação nas ruas de Penalva na manhã desta sexta feira (24). Reivindicando das autoridades maior segurança para com o povoado, que está abandonado pelo executivo e demais poderes, os moradores saíram em passeata pelo centro da cidade cobrando do atual prefeito Edmilson Viegas, melhorias na segurança pública de Jacaré. O protesto tem como estopim, um tiroteio ocorrido dentro de uma escola no povoado. O movimento recebeu o apoio de pais, alunos, professores e população de modo geral, além dos moradores da sede de Penalva que também sofrem com a onda de violência em alta.

terça-feira, 21 de maio de 2013

ATIRADORES INVADEM ESCOLA PÚBLICA NO POVOADO JACARÉ.


Na noite de ontem, 20/05/2013, no povoado Jacaré, na cidade de Penalva-MA, meliantes invadiram a escola Gonçalves Dias e trocaram tiros no interior da mesma, colocando em risco a vida das pessoas que ali se encontravam. Os alunos e professores ficaram apavorados, três pessoas foram atingidas, entre elas dois alunos. Os feridos foram levados imediatamente ao hospital da cidade de Penalva-MA em estado grave.
Segundo os moradores da localidade a troca de tiros ocorreu por disputa de territórios do tráfico de drogas, haja vista que naquela localidade a comercialização de entorpecentes ocorre de forma natural, por falta de policiamento. Vale ressaltar que o referido povoado tem mais de sete mil habitantes e não possui nenhum policial para fazer a segurança da população.

Caos e insegurança assolam o povoado Jacaré, no município de Penalva-MA.
A insegurança e impunidade têm assolado de forma avassaladora os locais mais recatados e instituições onde deveria imperar o conhecimento, a paz e a dignidade. Um episódio repudiante aconteceu nas intermediações da escola Gonçalves Dias, no povoado Jacaré/Penalva-MA, onde meliantes numa troca de tiros invadiram a referida escola, deixando em pânico, os alunos e professores que ali se encontravam. O sinistro atingiu pessoas inocentes que nada tem haver com a máfia e a criminalidade. A população simultaneamente encontra-se com medo e revoltada pelo esquecimento e descaso das autoridades ( poderes: executivo, judiciário e legislativo) de nossa cidade.

É inadmissível que um local com mais de 7 (sete) mil habitantes  continue a viver a mercê da opressão e da violência, vivendo encurralados, reféns em seus próprios lares.O episódio que aconteceu há poucas horas no povoado Jacaré, que diga-se de passagem também é território penalvense,  traz à tona um problema que há muito tempo tem sido esquecido pelas autoridades que representam o povo penalvense de forma geral.
A violência, as drogas e males semelhantes imperam naquela localidade de forma livre.Portanto, necessário se faz, que a população oprimida que encontra-se em pânico, una-se em prol de um objetivo, protestar ante ao Ministério Público, ao Judiciário, a Câmara de Vereadores e Prefeitura Municipal de Penalva para que providências sejam tomadas em caráter de urgência.

A SEGURANÇA E A LIBERDADE SÃO DIREITOS FUNDAMENTAIS CONSTITUCIONALMENTE GARANTIDOS A TODOS OS CIDADÃOS.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Poemas de Penalva


SONETO (TRIBUTO A PENALVA)
                                                                                               
Mudam-se as estações, mudam-se os encantos.
Do canhestro à mais perfeita destreza.
Tudo muda pelas mãos da natureza
A alegria, a saudade e os prantos.

Oh céus! Exclamo. Por que não muda
Da minha terra, os juçarais, os rios,
O formoso lago e os álamos sombrios
Que a cada dia parece que a natureza ajuda?

Em minha terra parece não haver mudança
Como o sol, sempre nasce a esperança
E em seus bosques jamais cessam as flores.

Penalva não muda; se solidifica.
Mudam-se no mundo, mas aqui fica:
O brilho. A pureza. A virtude. Os amores.

PENALVA

Oh! Noites de solidões escuras, escuras.
Em que permeiam os ventos, tristes e fracos
Impelindo levemente em branduras
Para longe da maré os pequeninos barcos.

Ondulantes fogem nas águas turvadas
Libertos na imensidão dos mares, à deriva.
Cantam os sapos, aleluia, nas águas paradas.
E nas mesmas águas as rãs gritam: viva.

Na superfície perde-se de vista a serra
E o planalto, e a agitação das fontes.
A beleza natural da minha terra
Que canta o poeta o mar e os desnudos montes.

No céu, a lua brilha distante a vagar,
Em forte brilho, impera a Estrela D’alva.
Em terra, dançam as águas do pacífico mar
E os montes, e as serras, como brilha também Penalva.



PENALVA: MONUMENTO NATURAL

Nasceste na mata virgem
Com bela vista pro mar,
O tempo fez-te cidade
Onde mais brilha o luar.
Lá que nasceu a palmeira
E o canto do sabiá.

Habita nessa cidade
Uma forte, brava gente.
Que na luta mostra força
Que só quem é de lá sente
Vibrar no peito o impulso
De um coração valente.

Penalva: ei-la descrita
Onde é mais verde o prado
Onde a rosa é mais bonita,
O lírio mais perfumado
Por isso ela é monumento
Natural do nosso Estado.

PENALVA É MESMO DEMAIS

No tempo da estiagem
Que Penalva enfrentou
Foi grave a situação
Que o Cajari secou
Apareceram boatos,
Mistérios e artefatos
Que o povo se assustou

Primeiro foi Taynã
Que todo mundo dizia
Que em tempo de lua cheia
O grito seu se ouvia
E que todo pescador
Ao lembrar desse clamor
De medo estremecia

Tudo por causa da seca
Que Penalva enfrentava
Mitos, histórias e lendas
Era o que o povo falava
Como em um relicário
Real e imaginário
Seduzia e assustava

Uma assim foi a do mudo
Que a todo mundo escrevia
Que dentro de pouco tempo
Penalva afundaria
O que causou na cidade
Além de temeridade
Uma grande correria.

E uma velha, coitada,
Por banda do Jatobá
Ao fugir, quebrou a perna,
E teve que retornar
Para esperar o dia
De cumprir a profecia
Da cidade se inundar.

Passaram-se então os tempos
Penalva quase acabava
Não na previsão do mudo
Mas por quem a governava
Em mar de desigualdade,
Toda a pequena cidade
Lentamente navegava.

Mas depois veio a chuva
E a história mudou
Tudo que fora perdido
Penalva recuperou
E o sol da liberdade
Com esplendor e bondade
Na nossa terra raiou

No entanto essas lendas
Tornaram-se imortais
Inda encanta todo mundo
Filhos, filhas, mães e pais.
Nossa terra tem história
Tem herança, tem memória.
Penalva é mesmo demais.

ACRÓSTICO
Pálio etéreo dos longínquos ares
Estrela perene, lascivo alvor.
Não te vence a beleza o amor,
A lua, nem os céus, nem os mares...
Livre e num colosso brado
Vou gritar sem desengano
Ao mundo o amor que te proclamo.

                                                                                                      Autor: Nilsomar Morais

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Amor de Mãe


Há grande pureza e vasta ternura 
Em seu amor 
Grande coração e alma tão pura 
Que excede a flor. 

Um anjo amigo em pessoa 
Pelo caminho 
Que guia, cuida e se doa 
Com se carinho 

Tamanho é o cuidado 
Nos braços seus 
Cujo empenho é abençoado 
Por Deus. 

Tão grande é sua dedicação 
Que não se descreve
Não diz desse zelo a canção 
Nem de leve.

Tal amor descrito é divino 
Não cabe em papel 
O AMOR DE MÃE é genuíno
Vindo do céu.

Não há outro amor inefável 
Descomunal
O amor de mãe é incomparável 
Não há outro igual.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

O CONTEXTO HISTÓRICO DA BALAIDA



      Revoltar é um dos mais antigos atos humanos na reivindicação de uma benfeitoria social, cuja prática externada, mobiliza conjunto de pessoas objetivando um ideal em comum. Todavia, faz-se necessário diferenciar a revolta sentimental e puramente individual como um ato de indignação, que pode ser entendida quando o individuo por ser contrário àquela ideia que julga ser prejudicial a si e membros que sejam adeptos da mesma linha de raciocínio, ideologia ou filosofia.

      Há aquela outra revolta, de âmago semelhante a já citada, que toma proporções maiores por afetar contundentemente uma classe ou grupo maior ou ainda de patamar social mais elevado. É sobre esta ultima forma de revoltar-se, “organizadamente” que iremos adentrar para compreendermos os motivos explícitos que culminou naquela que foi a mais importante revolta popular nas terras Gonçalves dias. E mais, os motivos camuflados que os personagens que fazem ou entram na história ocultam na tentativa de pincelar os fatos como julga mais conveniente, conservando sempre a figura de bom moço e atravessar as gerações, imaculado.

      O período em que o Brasil foi governado por regências, inúmeras foram as revoltas que por aqui eclodiram, incomodando a tranquilidade de quem conduzia as rédeas do jovem Império tropical rico em metais e abundante em nativos. Cada qual trazia estampado o ideal pelo qual lutavam, conduzidos por um “salvador” que poderia tirá-los das garras da opressão governamental ou qualquer outra forma humilhante imposta a determinado segmento social.

      A revolução Farroupilha (1835-1845) nos ares do Rio Grande do Sul foi apenas uma das inúmeras revoltas dentro do seio do Império Brasileiro. Com sua proposta republicana e separatista que punha em risco a integridade nacional, ela era o reflexo daqueles que almejavam um Brasil livre de Portugal, bem como aderir à forma de governo que julgavam ser mais popular, qual seja a Republica. Se por um lado isto interessava comerciantes e fazendeiros que viam uma melhoria de vida com a nova forma de governo pela qual lutavam, por outro, escravos viam surgir a esperança de obterem finalmente a tão sonhada liberdade. Portanto, uma heterogeneidade convergia em um ideal, objetivando interesses diversos que juntava em um mesmo grupo, distintos integrantes.

      Nas terras que alimentou um dia o sonho francês de constituir uma França longe da Europa (França Equinocial), também ocorreu várias revoltas que reuniu em torno de si grupos diferentes, que possuíam objetivos diversificados, todavia, a obstinação e empenho de seus integrantes lembravam superficialmente as imponentes revoluções do sul do Brasil. O mais memorável desses conflitos foi o que levou o nome inspirado em um de seus líderes, Francisco dos Anjos Ferreira (o balaio).

      A Balaiada foi um movimento tímido no tocante à sua estrutura e organização, que juntou escravos, boiadeiros, sertanejos e fazendeiros. Todos tinham uma razão particular para se engajar no movimento e, todas as razões juntas, mostravam as dificuldades que o estado do maranhão como um todo, vinha sofrendo. A abertura dos portos brasileiros para o comércio inglês, preço que D. João VI, pagou pela escolta britânica na vinda para o Brasil, afetou diretamente os produtores de algodão nas terras maranhenses. Sem a exportação algodoeira, os produtores ficavam com sua principal fonte de renda à mercê da sorte, visto que o algodão vindo do exterior era mais barato e melhor. 

Sufocados de um lado pelos portugueses e de outro pelos ingleses, os proprietários maranhenses, com forte tom nacionalista, apelaram para o socorro da Coroa sem, contudo, serem ouvidos, considerando inclusive como mostra de descaso da Corte o fato de o imposto cobrado na Alfândega maranhense (tributo por escravo vindo da África) de 1812 a 1821 ser gasto com a iluminação e a polícia do Rio de Janeiro. Isto por si, já gerava uma insatisfação, uma vez que o que se recolhia nas terras maranhenses era gasto em outro lugar, distante da terra dos ondulantes babaçuais.

 Nesse contexto, de grandes dificuldades econômicas para o Maranhão, agravadas pelo derrame de moedas falsas e pela retração econômica. Apesar de representar o quinto orçamento do Império em 1834, a região não recebia do Governo Central recursos para atender às suas necessidades.

     A revolta estava armada, os descontentamentos com a Corte era motivo contundente para reivindicar melhorias de uma forma conflitante, uma vez que o governo português não fez caso do agrave econômico dos produtores maranhenses. Os produtores queriam vender seus produtos como o faziam antes do monopólio inglês, os vaqueiros e sertanejos dependiam das fazendas de algodão para sustentar suas famílias. Forma-se um efeito dominó, que ia prejudicando todo mundo em grau proporcionalmente semelhante. Quanto aos escravos, estava aí uma oportunidade ímpar de obter a alforria e ser livre. 

Era este objetivo pelo qual o quilombo Lagoa Amarela, com mais de três mil escravos fugitivos, davam apoio ao movimento. Diversidade quanto aos grupos que formavam a Balaiada, porém nenhum revoltoso ali estava como que empenhado em uma causa social em favor da maioria, em prol de uma coletividade que não configurasse em benefício que convergiria para si.