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domingo, 24 de fevereiro de 2013

PROCESSO DE EMACIPAÇÃO POLITICA DE PENALVA


O território que corresponde ao município de Penalva teria sido habitado, em tempos neolíticos, por comunidades que residiam em palafitas (sociedades das estearias). Prova disso, seriam os inúmeros vestígios deixados, tais como: conjuntos de estearias submersas nos lagos e uma quantidade de pedras e cerâmicas encontradas em alguns pontos do lago Cajari.

O processo de colonização da região se deu no contexto da catequização jesuítica no maranhão. A primeira penetração no território é atribuída à ação evangelizadora dos Padres da Companhia de Jesus. Estes, assessorados por elementos oriundos de várias partes do país, notadamente do sul, e até mesmo de estrangeiros, que teriam migrado para a região em busca de riquezas ou de aventuras, estabeleceram-se na região denominada São Braz, localidade que mantém o mesmo nome até hoje.

Não obstante a ação dos inacianos (nome como eram chamados os jesuítas), a certidão de nascimento do futuro município se dá por força da Lei 510, de 27 de julho de 1958 com a criação da Freguesia de São José de Penalva. O primeiro, o terceiro e o quarto artigos desta lei determinavam o seguinte:


“Art.1. A freguesia de nossa Senhora da Conceição da cidade de Viana fica dividida em duas.”

“Art.3. A nova freguesia terá por orago São José de Penalva, e sua sede será o lugar denominado – Penalva.”

“Art.4. Servirá temporariamente de matriz a capela de São Braz edificada no lugar assim denominado.”      (Apud BARROS, 1985:27).

 De acordo co César Augusto Marques, “pela lei prov. Nº 552 de 31 de maio de 1860 foi transferida a sede da freguesia (matriz) para o lugar denominado Boca do Lago”.

Provavelmente, esse ainda é o local onde encontra-se, até hoje, a sede do município. Segundo o autor a extensão de do município correspondia a dez léguas de norte a sul e a
Oito de leste a oeste, contando com uma população de “3800 almas”.

Entretanto, é em 1871 com a Lei 955, sancionada pelo então vice presidente da província do Maranhão, José da Silva Maya, que a cidade ganha sua relativa economia. O artigo primeiro desta lei determina: “Fica elevada à cathegoria de Villa a freguesia de São José de Penalva de Vianna”. Isto se deveu, supostamente, ao relativo progresso econômico que a região experimentava na segunda metade do século XIX. A partir de então, mesmo ligada à Viana, algumas mudanças básicas começaram a se esboçar: A câmara Municipal é instalada; um policiamento contando com um cabo e três soldados de polícia chega à região; tempos depois recebe mais policiamento devido aos constantes ataques de “índios Timbira” à população.

Com o advento da República em 1889, a administração da vila, antes feita pela Câmara (poder legislativo e executivo), passa a ser exercido por uma Intendência (Poder Executivo) e a Câmara permanece com poderes deliberativos. O primeiro intendente a ocupar o posto foi José da Serra Marques, pai de José Joaquim Marques, 1º vice governador e governador interino do estado em 1918.
Em 10 de agosto de 1915, no governo de Herculano de Nina Parga, a vila São José de Penalva conquistava sua autonomia político-administrativa, sendo elevada à condição de cidade. Entretanto, ainda ligada à Viana, pois só se tornou sede de comarca em 1955.



Fontes:
BALBY, Raimundo. A cultura neolítica de Penalva.
BARROS, Carlos Alberto de Sá. Elementos para a reconstituição política de Penalva.
MENDES NETO, Gonçalo. Sebo x Embroma. Disputas política em Penalva.


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

ESCOLAS CAMPEÃS DO CARNAVAL DE PENALVA

 ESCOLA                                    SAMBA ENREDO                                              ANO

Magníficos do samba             100 anos da proclamação                                            1989

Magníficos do samba             Penalva, festas e folclore popular                                  1990
Beira Mar do samba              Canta meu povo                                                           1992
Beira Mar do samba              Desabafo                                                                      1994
Magníficos do samba             Terra queimada                                                             1995

Beira Mar do samba              Dois grandes sonhadores                                               1999
Vocalista Tropical                 500 anos. Vamos festejar                                               2000
Vocalista Tropical                 Semente de paz e amor                                                  2001
Vocalista Tropical                 Na lição do ABC                                                           2002

*1991 não houve desfile oficial, somente Pau D’água e Magníficos disputam os troféus bateria e enredo. Pau D’água vence com a melhor bateria e Magníficos com o melhor enredo (Formoso devastado) de Raimundo Balby e Ibiapina Bezerra.
* 1993 e 1996 não houve desfile oficial, os clubes viram a sensação; é onde acontecem os foliões.
* 1997 também não sem desfile oficial. As escolas saem nas ruas sem a mesma imponência e desfilam como blocos na rua.
* 1998. O desfile é simbólico. Sem jurados nem premiação. Beira Mar ficou de fora em virtude da morte do Sargento Cândido Costa, presidente da escola.
       

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

VEREADORES DE PENALVA. COMO CHEGARAM OU PERMANECERAM NO PODER.


SIMAS NETO: exemplo de quem identifica uma determinada classe aliado a custo de manutenção eleitoral que implica uma notória soma monetária, fatores que determinaram sua ascensão ao cargo. O empreguismo, (distribuição de emprego entre aliados) já o fez mais forte nesta última eleição.

JOSA: É o retrato fiel de um assistencialismo operante, sem trégua, (bem como todos que permanecem) um representante da política do “toma lá da cá”.

DOMINGOS RODRIGUES: Sem nome nem expressão política local, apelou por operar favores e benfeitorias: motores, som, geladeira, telhas... Achou um campo fértil habitado por um povo acostumado a pedir (em sua maioria) para políticos, que logo fazem disso uma arma a seu favor, convertendo-os em voto.

 DARIALVA: não representa a vontade do povo que a elegeu. É aquele tipo de político para quem se transfere voto. Mundico Gama, seu marido e responsável pelos votos da mulher, é o representante de outro tipo de prática: o clientelismo. Favores advindos de sua profissão (advogado) mostram a eficácia dessa prática como forma de garantir-se no poder. Visto que é alguém sem carisma e do tipo de não “dá nem água pra pinto no inverno”, o uso de sua profissão é a explicação mais aceita para tanto tempo como vereador. Interrompidos só pela senhora “ficha limpa”, diga-se de passagem.

TITA: Não é diferente dos demais nas práticas viciadoras do eleitor, sua simpatia, no entanto o faz transitar entre aliados e muitos adversários. Une em si carisma e assistência como forma de manutenção do poder.

NEIDE MORAES: É aquele tipo de surpresa que só explica quem se acha o cientista político, quanto aos demais, causa espanto ao ver chegar à câmara alguém assim. Ela não é inferior a ninguém, todavia contrasta todas as previsões e expectativas e serve de piada aqui e ali até saber dançar conforme a música.

RONILDO: colocado debaixo da asa do seu líder, soube ampliar seu eleitorado manejando bem as velhas manobras tão conhecidas já e defender despudoradamente quem o colocou sob suas asas não deixando que nenhum outro tomasse seu lugar.

FRANCIEDNO: Aproveitou de uma característica própria de muitos que entram na política em Penalva: família grande no interior. Manteve seu eleitorado visto que era da base aliada. Quase vacilante, demonstra estar um tanto alheio à casa ainda, precisará fazer melhor agora visto que é oposição.

GEOFRAN: “Compra” de cabos eleitorais cujo poder simbólico lhe rendeu uma soma de voto que, aliado a outros fatores, lhe garantiu uma vaga.

FÁBIA CUTRIM: Uma mistura de Neide Moraes com Darialva. Embalada pela mãe, permanece no poder alheia à tudo. é uma figura que representa poucos. seu eleitorado mantido por terceiros, todo seu trabalho resume-se em se candidatar e deixar que seja feito a vontade do Pai, ou melhor, da mãe.

MESAQUE VELOSO: representa aqueles que almejam o cargo a longo prazo, isto é, plantam ao longo de anos para colher nas eleições (e isto implica tempo, dinheiro e mídia) Difere-se de muitos no fazer política: sonhador utópico, ora ou outra é chacoteado por aqueles que já encaram nossa política como um forma de favorecimento. Sua posição “infantosonhadora” não o torna indigno do cargo que às vezes parece reservado aos “nobres” que pensam iguais.

ALBERTO ABREU: Desconhecido na sede, sua eleição restringe-se ao Jacaré, que é quem o pode definir. Todavia, há de se enquadrar aqui e ali, tornando-se semelhante aos demais.

CARECA: Na conjectura política local, cada um joga com as armas que dispõem. Careca assistiu pouco seus eleitores. Estar na oposição lhe rendeu menos votos, isto o obrigou a migrar de redutos onde não agradou todos, para outros lugares na tentativa de preencher a lacuna com novas assistências e promessas, claro.

PIERRE: Este é uma exceção da regra: pouco dinheiro, sem padrinho político. Ele representa o anseio de muitos e é o único que entra sem mancha alguma contraída na política. Sua simplicidade o faz transitar por entre gregos e troianos. É ainda o que chega mais perto da verdadeira democracia. O tipo de candidato que arranca: “eu votei em A, mas gostei q B se elegeu” mesmo sendo de lados opostos. Estas qualidades, no entanto, não o torna isento das muitas manchas que pairam na câmara.

Todos caminham em uma direção que ao final converge no mesmo caminho. Fazem usos da mesma prática e estão aí para contar história. 

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Linha do tempo das Escolas de Samba de Penalva


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1948: VOCALISTA TROPICAL
Benedito Correia, junto com Nilo Sousa formam o Vocalista Tropical. Este Entrava em cena como o primeiro bloco tradicional que, após a criação do desfile oficial se tornaria escola de samba, era o inicio de uma das mais consagradas das nossas festas: o carnaval.

1956: FALA MANGUEIRA

Um grupo de foliões se junta para formar um novo grupo: o Fala Mangueira ou simplesmente Mangueira, dentre eles: Luis Carvalho, Agostinho Viana, Pedro Bahia, Dedeco Melo e Antonio Mendes. De vida curta (apenas 13 anos) este folião era conhecido por ser o grupo da elite local. Em 1969, A morte de José Maia, dirigente do Mangueira, é o marco final da escola.

1957: PAU D’ÁGUA
Dissidentes do Mangueira formam um novo grupo: o Pau D água, nome de um famoso samba da época.O irreverente folião tem como maior rival o Mangueira. Seu declínio dá-se no inicio de 1970, mas é reerguido graças aos esforços de Cláudio Serra, que dá novos ares ao bloco e este consegue sobreviver ao tempo.


1961: BOÊMIO DO SAMBA
Manoel Melônio (cabeça de aço), um dos diretores do Vocalista, rompe com este e funda um novo grupo: Boêmio do Samba. Este novo bloco também durou pouco, apenas sete carnavais (1961- 1967) de legado à posteridade deixou o belo samba Adeus.Boêmio, de Raimundo Mota: “Eu pedi a Deus e ele fez o meu pedido, para um dia eu viver em paz”...

1965: BEIRA MAR DO SAMBA
Divergências internas no Pau D’água levam os irmãos Raimundinho Jansen (Befó) e Roosevelt Jansen (Buja) a.formarem um novo grupo de sambistas, é o Beira Mar do Samba. Para este migram integrantes do Boêmio (já em declínio), Vocalista, Pau D’água e Fala Mangueira. Em 1969, entra em cena. Cornélio de Aquino (ex Vocalista) com o samba Império no Morro. É o começo daquele que se tornaria um dos mais célebres compositores da terra.


1979: MAGNÍFICOS DO SAMBA
Com pontapé inicial de Raimundo Balby e Lunêr Dequeixes, um grupo de pessoas  formam um novo folião, é o Magníficos do Samba, que chega para dar um impulso a mais no carnaval de Penalva, tendo como maior rival o Pau D’água. Por dez anos, usaram seus sambas para ofender um ao outro. Em 1989, com o início do desfile oficial, o Magníficos vence com o samba enredo cem anos da proclamação (Ibiapina Bezerra e Raimundo Balby) e se torna a primeira escola campeã do nosso carnaval.


1989: UNIÃO DO SAMBA
União do Samba, também conhecido como Sarrapilha se apresenta no carnaval da sede sem fantasia, todavia bem animado, sob as ordens de Benedito dos Santos (Salomé). Teve como compositor Ostinha Nabate, que migrou para o Magníficos anos depois. Este é o último dos grandes blocos do tradicional carnaval de Penalva.