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sexta-feira, 19 de abril de 2013

O CONTEXTO HISTÓRICO DA BALAIDA



      Revoltar é um dos mais antigos atos humanos na reivindicação de uma benfeitoria social, cuja prática externada, mobiliza conjunto de pessoas objetivando um ideal em comum. Todavia, faz-se necessário diferenciar a revolta sentimental e puramente individual como um ato de indignação, que pode ser entendida quando o individuo por ser contrário àquela ideia que julga ser prejudicial a si e membros que sejam adeptos da mesma linha de raciocínio, ideologia ou filosofia.

      Há aquela outra revolta, de âmago semelhante a já citada, que toma proporções maiores por afetar contundentemente uma classe ou grupo maior ou ainda de patamar social mais elevado. É sobre esta ultima forma de revoltar-se, “organizadamente” que iremos adentrar para compreendermos os motivos explícitos que culminou naquela que foi a mais importante revolta popular nas terras Gonçalves dias. E mais, os motivos camuflados que os personagens que fazem ou entram na história ocultam na tentativa de pincelar os fatos como julga mais conveniente, conservando sempre a figura de bom moço e atravessar as gerações, imaculado.

      O período em que o Brasil foi governado por regências, inúmeras foram as revoltas que por aqui eclodiram, incomodando a tranquilidade de quem conduzia as rédeas do jovem Império tropical rico em metais e abundante em nativos. Cada qual trazia estampado o ideal pelo qual lutavam, conduzidos por um “salvador” que poderia tirá-los das garras da opressão governamental ou qualquer outra forma humilhante imposta a determinado segmento social.

      A revolução Farroupilha (1835-1845) nos ares do Rio Grande do Sul foi apenas uma das inúmeras revoltas dentro do seio do Império Brasileiro. Com sua proposta republicana e separatista que punha em risco a integridade nacional, ela era o reflexo daqueles que almejavam um Brasil livre de Portugal, bem como aderir à forma de governo que julgavam ser mais popular, qual seja a Republica. Se por um lado isto interessava comerciantes e fazendeiros que viam uma melhoria de vida com a nova forma de governo pela qual lutavam, por outro, escravos viam surgir a esperança de obterem finalmente a tão sonhada liberdade. Portanto, uma heterogeneidade convergia em um ideal, objetivando interesses diversos que juntava em um mesmo grupo, distintos integrantes.

      Nas terras que alimentou um dia o sonho francês de constituir uma França longe da Europa (França Equinocial), também ocorreu várias revoltas que reuniu em torno de si grupos diferentes, que possuíam objetivos diversificados, todavia, a obstinação e empenho de seus integrantes lembravam superficialmente as imponentes revoluções do sul do Brasil. O mais memorável desses conflitos foi o que levou o nome inspirado em um de seus líderes, Francisco dos Anjos Ferreira (o balaio).

      A Balaiada foi um movimento tímido no tocante à sua estrutura e organização, que juntou escravos, boiadeiros, sertanejos e fazendeiros. Todos tinham uma razão particular para se engajar no movimento e, todas as razões juntas, mostravam as dificuldades que o estado do maranhão como um todo, vinha sofrendo. A abertura dos portos brasileiros para o comércio inglês, preço que D. João VI, pagou pela escolta britânica na vinda para o Brasil, afetou diretamente os produtores de algodão nas terras maranhenses. Sem a exportação algodoeira, os produtores ficavam com sua principal fonte de renda à mercê da sorte, visto que o algodão vindo do exterior era mais barato e melhor. 

Sufocados de um lado pelos portugueses e de outro pelos ingleses, os proprietários maranhenses, com forte tom nacionalista, apelaram para o socorro da Coroa sem, contudo, serem ouvidos, considerando inclusive como mostra de descaso da Corte o fato de o imposto cobrado na Alfândega maranhense (tributo por escravo vindo da África) de 1812 a 1821 ser gasto com a iluminação e a polícia do Rio de Janeiro. Isto por si, já gerava uma insatisfação, uma vez que o que se recolhia nas terras maranhenses era gasto em outro lugar, distante da terra dos ondulantes babaçuais.

 Nesse contexto, de grandes dificuldades econômicas para o Maranhão, agravadas pelo derrame de moedas falsas e pela retração econômica. Apesar de representar o quinto orçamento do Império em 1834, a região não recebia do Governo Central recursos para atender às suas necessidades.

     A revolta estava armada, os descontentamentos com a Corte era motivo contundente para reivindicar melhorias de uma forma conflitante, uma vez que o governo português não fez caso do agrave econômico dos produtores maranhenses. Os produtores queriam vender seus produtos como o faziam antes do monopólio inglês, os vaqueiros e sertanejos dependiam das fazendas de algodão para sustentar suas famílias. Forma-se um efeito dominó, que ia prejudicando todo mundo em grau proporcionalmente semelhante. Quanto aos escravos, estava aí uma oportunidade ímpar de obter a alforria e ser livre. 

Era este objetivo pelo qual o quilombo Lagoa Amarela, com mais de três mil escravos fugitivos, davam apoio ao movimento. Diversidade quanto aos grupos que formavam a Balaiada, porém nenhum revoltoso ali estava como que empenhado em uma causa social em favor da maioria, em prol de uma coletividade que não configurasse em benefício que convergiria para si.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

A MAIS BELA CARTA DE AMOR


Ninguém conhece o amor até senti-lo verdadeiro e intenso na alma. Oh! Amor meu, obrigado por me fazer experimentar o êxtase de um amor verdadeiro. Está ao seu lado é desfrutar os anseios de uma paixão arrebatadora que me leva ao mais elevado grau de felicidade. Você foi a poesia perfeita que arrebatou minha alma e me deixou num estado transbordante de amor. 
Ficar ao seu lado é ter o complemento necessário para eu ser feliz.
Oh! Minha amada, as palavras não bastam na descrição do bem que me fazes, os gestos são poucos para provar a grandeza do meu amor por você. Estás em meu pensamento a cada pequena ação da minha mente e meu coração virou abrigo perpétuo de ti. Encontro-te e te beijo e parto contemplando o céu; tão pequeno comparado ao nosso amor. (te amo...)