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quinta-feira, 26 de junho de 2014

SAIU A LISTA DOS "FICHAS SUJAS". MARANHÃO É O ESTADO QUE TEM MAIS.

O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Augusto Nardes, entregou, ontem, a lista de responsáveis com contas julgadas irregulares ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro José Antônio Dias Toffoli. Na lista, em que consta o total de 6.500 responsáveis, o Maranhão apresenta 513 gestores públicos com contas irregulares e 1.108 ocorrências – cada gestor pode responder a mais de um processo, por isso a ocorrência é maior. Em número de ocorrências, o estado lidera o ranking, seguido do Distrito Federal e São Paulo, com 992 e 737 ocorrências, respectivamente. No número de responsáveis, o Maranhão só fica atrás do Distrito Federal, que teve 729 gestores com contas desaprovadas.

Você pode ter acesso à lista completa, separada por Estado, clicando aqui.

O TCU tem a responsabilidade de analisar e julgar contas de administradores públicos nos últimos oito anos que antecedem cada eleição, sob os aspetos de legalidade, legitimidade e economicidade. A lista é encaminhada à Justiça Eleitoral em anos de eleição até o dia 5 de junho. Ela contém a relação das pessoas físicas, não falecidas, que tiveram contas julgadas irregulares nos oito anos imediatamente anteriores à realização de cada eleição, caso a decisão que julgou as contas não tenha tido a eficácia prejudicada pela interposição de recurso.

Exauridas as possibilidades de interposição de recurso, o TCU envia à Justiça Eleitoral essa re d de pessoas físicas, não falecidas, que tiveram contas julgadas irregulares nos últimos oito anos. À Justiça Eleitoral cabe definir – ou não – a inelegibilidade do gestor. Por isso, a lista de responsáveis com contas julgadas irregulares, não se confunde com a declaração de inelegibilidade.

Em 2014, o prazo final para que os Tribunais enviem lista para Justiça Eleitoral é o dia 05 de julho. O Tribunal de Conta do Maranhão (TCE-MA) tem até essa data para enviar a relação ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MA), que poderá analisar quais políticos maranhenses se enquadrarão na Lei da Ficha Limpa, barrando a candidatura de gestores que cometeram irregularidades no exercício da administração pública, condenados em segunda instância. E, segundo dados do TSE, o julgamento das contas como irregulares pelos órgãos competentes é o dispositivo da Lei da Ficha Limpa que ocasiona o maior número de registros de candidatura negados.
O presidente do TCE, o conselheiro Edmar Cutrim informa que os gestores de todo e estado prestam contas de suas administrações, e quando detectadas irregularidade ou quando o gestor deixa de prestar conta, é definida improbidade administrativa. A lista, ainda não concluída, já reúne inúmeros nomes, que será encaminhada, além do TRE, ao Ministério Público Estadual (MPE), Câmaras Municipais, Tribunal de Contas da União (TCU), Secreta rias de Governo e Controladoria  Geral da União (CGU).
Na relação não constam os nomes dos responsáveis cujas contas julgadas irregulares dependam de recurso com efeito suspensivo ainda não apreciado pelo tribunal, bem como aqueles para os quais os acórdãos que julgaram as contas irregulares foram tornados insubsistentes por decisão do próprio TCU ou pelo Poder Judiciário.
Um nome pode ser excluído da lista, caso o responsável deixe de se enquadrar nos critérios legais como, por exemplo, a incidência de medida liminar judicial ou o transcurso de mais de oito anos anteriores à eleição.
O pagamento do débito ou da multa decorrente da condenação do TCU não exclui o responsável da lista. Como o gestor está na lista porque teve suas contas julgadas irregulares pelo TCU nos últimos oito anos, isso não se desfaz com o ressarcimento de dano ou o pagamento de multa.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

O PREFEITO MATUTO E O SINDICATO GREVISTA

Aconteceu em Penalva
O tempo eu não lembro não
Houve greve; ameaças.
Quase uma revolução
É que um prefeito matuto
Quis dá uma de astuto
E humilhar a Educação

É que aumentou salário
De prefeito e professor
Do prefeito quase dobra
De grande, maior ficou
Entretanto, quase nada
Para a rapaziada
Da Educação mudou

Foi um assalto danoso
E pra mais se espantar
O salário do prefeito
Foi ligeiro pra aprovar
Mas na hora do docente
Existia muita gente
Que queria atrapalhar

Um deles era o prefeito
Que dizia o tempo inteiro
Oito por cento é muito
Não sem tem tanto dinheiro;
Nem aos universitários
Já que tem meus secretários
E aumentei dos companheiros

Isso sozinho já era
D’espanto merecedor
Mas tinha o vice-prefeito
Que há muito era professor
Aposentou o diário
Também, com o seu salário,
Sala de aula é pavor

E não para pelo vice
Toda essa aberração
Já que o secretário era
Professor por profissão.
Bucho cheio não reclama
E até a primeira dama
Trabalhou na Educação

E isso gerou revolta
Passeata; discussão
Servidores revoltados
Defendendo o ganha pão
O sindicato atacando
O prefeito revidando
Era aquela confusão

Não houve negociata
Houve descontentamento
E a greve aconteceu
Foi um grande movimento
A Educação perdia
E o que o professor queria?
Um pouquinho de aumento

Mas o prefeito matuto
Imagina o que fez
No dia do pagamento,
Usando não sei quais leis,
Descontou dos funcionários
Um pedaço do salário
Que comprometeu o mês

Virou um cabo de guerra
Prefeitura; professor
Liminar; promotoria
Juiz; desembargador
Desconto reacionário;
Mundial; aniversário
Contratado; diretor.



Coisas dessa natureza
Em Penalva acontecia
Era coisa doutro mundo
A tal da democracia
A Educação protestava
O poder ameaçava
Uma guerra parecia

Mas isso quando o Poder
Reinava em absoluto
Há muito tempo atrás
Na história, quase oculto,
Longe a se perder de vista
Em que houve um povo grevista
Contra um prefeito matuto.


terça-feira, 3 de junho de 2014

A INTELECTUALIDADE VERSUS A PREPOTÊNCIA*



As últimas disputas no cenário politico-ideológico em Penalva transformaram-se em um imbróglio ambíguo por natureza, que mistura ideal e luta a uma dose de política e fanatismo. Como protagonistas, duas forças tentam desqualificar os argumentos adversos. No contexto histórico, ambas se convergem para depois se divergir e divergem para se juntar posteriormente. A ascensão do Executivo deve, em qualquer época, bastante aos intelectuais, formadores de opinião e classe crítica de um modo geral, esta, por sua vez, não pode se dar ao luxo de ser (des) tratada com tanta arrogância.


O prefeito Edmilson Viegas parece seguir Maquiavel à risca: “Não importa o que o governante faça em seus domínios, desde que seja para manter-se com autoridade”. Só esquece que O príncipe, foi uma bajulação maquiavélica na tentativa de este voltar à vida pública. Assim agindo, o prefeito retrocede a objetividade e vai diminuindo sua credibilidade lentamente, inversamente proporcional à do sindicato.


Sua prepotência o faz exigir que o “respeitem”, quer impedir a divulgação de notas, quer até que deixem de falar mal dele no facebook. Sua postura anacrônica o faz pensar em mandato vitalício e hereditário, logo na sociedade onde o poder emana do povo (pelo menos em tese) ele parece querer uma atenção divinal inquestionável (Jesus Cristo que se cuide), uma adoração irrestrita.

Até seu discurso de sensibilidade é ultrapassado: “eu gostaria muito, mas não posso”, “tudo o que estou fazendo é para um bem maior”... Napoleão morrera na Ilha de Santa Helena tentando se redimir dessa forma, morrerá o prefeito na praia do ostracismo agindo assim? Friedrich Nietzsche em Assim falou Zaratustra, matou deus para muitos, matará o sindicato para todos o prefeito? 


Enquanto o sindicato conta com os argumentos com propriedades para alcançar êxito, o prefeito conta com a “ju$tiça” para tenta barrar o avanço do movimento grevista e ludibriar as mentes menos providas de criticidade. Se para Descartes pensar é existir, (cogito, ergo sum) Penalva é um local de poucos existentes. Se para o prefeito a ilegalidade da greve é uma vitória, para a educação penalvense é uma derrota ter professores no poder que se eximem de defender seus direitos em nome de um status efêmero. ? Quem serás tu daqui a pouco?
 Quem já foi tu heim, professor.


por: Nilsomar Morais